quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fuja do monopolizador de papos

Existe coisa mais desagradável do que gente que monopoliza o papo? Nem ele, o encontro mais despretencioso, que ocorre em qualquer lugar, à vontade, sem regras, tem descanso. Frequentemente, aparece um mala que no nosso papo sagrado de todo dia quer mandar. Já chega escolhendo um assunto que ninguém está a fim de estender. No entanto, nada adianta, o incoveniente está disposto a enfiar o tema goela abaixo de todos ao redor.

Além de determinar o rumo da prosa, esse tipo gosta de falar apenas de sua própria vida. Sobre seu passado, suas vantagens (geralmente, eles têm muitas vantagens: como a melhor mulher do mundo, o apartamento mais maravilhoso de sua cidade, muitos amigos... ), sua rotina... E nada, além dele mesmo, parece lhe interessar. E ai de quem tentar falar de outro assunto. Geralmente, esses malas estão decididos a impedir que qualquer minuto da conversa esteja fora de seu alcance e de seu assunto preferido. Assim, nem adianta comentar sobre os filmes da semana, o show maravilhoso que vai ocorrer... Nada - nada mesmo - vai fazer o mala se tocar.

Para coroar a chatice e te fazer concluir, realmente, que está em péssima companhia, essa figura resolve contar as mesmas histórias velhas conhecidas. E o pior: quando todos comentam "ah, você já me falou", o mala insiste em recontar a mesma ladainha como se tivesse nos entregando o maior furo de reportagem da nossa existência. Para completar, quando o chato percebe que você está desviando o olhar em uma tentativa frustrada de resgatar um pouco de paciência, ele não se intimida e te cutuca: "ouviu o que eu disse, que impressionante?!"...

Não tem jeito. Monopolizador de conversa é do tipo egoísta, egocêntrico e, especialmente, chato. Sendo assim, vale a pena fugir, assim que notar a presença de um por perto.